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Crise: um teste para os nossos valores

A sociedade contemporânea vive uma crise preocupante. Não me refiro à crise social, econômica ou política, embora, essas sejam crises reais. Eu me refiro à crise do “ser”.

A razão principal dessa crise se dá por causa da confusão que se tem feito entre dois verbos: ser e ter. Ser não significa “ter”, “ter” não significa “ser”, no entanto, hoje o “ter” passou a significar uma extensão do “ser”, como se as pessoas fossem aquilo que têm.
Assim, as pessoas apresentam aquilo que têm para serem reconhecidas enquanto gente-pessoa-ser. Logo, aqueles que não têm são ignorados. Isto me faz lembrar das palavras do mestre dos mestres, Jesus Cristo, que diz: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância, pois a vida de um homem não consiste na quantidade de bens que ele tem” (Lc 12.14).
Indubitavelmente, as ambições pelo “ter” não podem sobrepor os valores do “ser” mesmo em tempos de calamidade. Entretanto, vemos muitas pessoas negociando valores inegociáveis da moral e da ética para satisfazer a ambição insaciável pelo “ter”. O que fazemos e o que temos só tem valor se construímos sobre o fundamento dos valores do “ser”, caso contrário estamos correndo atrás do vento, vivendo um vazio existencial que não leva a lugar algum. O que adianta o homem ganhar o muito inteiro e perder a sua alma, afirmou o nosso mestre Jesus. A alma é a essência do “ser”, logo, perder a alma é perder a própria existência.
Evidentemente, os valores do “ser” são muito valiosos, de forma que não podemos negociá-los, mesmo em tempos de crise. José do Egito sofreu grandes perdas por não negociar seus valores, mas foi, posteriormente, muitíssimo recompensado por Deus. José denunciava as práticas erradas dos seus irmãos, e foi traído por eles. Não importava o local, José não deixou ser o que era (em casa, no campo, na casa de Potifar, na prisão, no palácio de Faraó). José era um simples escravo, passou a ter status de mordomo, mas nunca negociou seus valores. Quando recusou a indecente proposta da mulher do Potifar, José preferiu perder tudo que tinha (prestígio e status) na casa de Potifar a abrir mão dos valores do “ser”. Desta forma, José é um exemplo para todos nós. Enfim, lembre que você não é o que você tem, mesmo que a sociedade diga o contrário.

Pr. Sergio Dario

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